Já existe um teste para medir o nosso risco à cárie, o que é interessante, pois da mesma forma que um paciente com maior risco de acidentes cardiovasculares deve assumir determinados cuidados para ter uma vida longa e sem precalços, também os pacientes com risco acrescido de cárie devem tomar algumas medidas para manter os seus dentes durante muito e muito tempo.
Algumas dessas medidas são:
- Suplementos de flúor. Como em Portugal a fluoretação artificial da água de consumo não foi posta em prática, deve recorrer-se a outras formas de administração de flúor, sejam elas sistémicas (ex. comprimidos de flúor) ou tópicas (geis e pastas dentífricas com diferentes concentrações de flúor, colutórios para bochechar, aplicações tópicas de fúor feitas em consultório.
- Selantes de fissuras. Em pacientes com elevado risco de cárie, a selagem de fissuras dos dentes com superfícies irregulares (premolares e molares) é muito importante, apesar do consumo controlado de suplementos de flúor.
- Controlo da placa bacteriana. Tal controlo é feito através duma meticulosa higiene bucal seja através duma boa técnica de escovagem dos dentes (técnica de “bass modificada”, escova de dentes adequada, fio dentário, etc.), seja com as destartarizações periódicas no dentista. Não esquecer que a cárie dentária é uma doença infecciosa e transmissível….
- Controlo da dieta. Reduzir a quantidade total de açúcar ingerida, principalmente quando ingerido no intervalo das refeições (evitar sobretudo alimentos açucarados pegajosos tais como caramelos, gomas, etc). Ter atenção também aos refrigerantes açucarados. A substituição do açúcar da dieta por adoçantes tais como o xilitol tem se revelado bastante eficaz dado que o xilitol não só tem um efeito cariostático como também anti-cariogénico.
O próximo passo no combate às cáries é a vacina. Segundo parece, num futuro bastante próximo…